Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O
sangue é um
tecido conjuntivo líquido que circula pelo
sistema vascular sanguíneo dos
animais vertebrados. O sangue é produzido na
Medula óssea vermelha e tem como função a manutenção da vida do organismo por meio do transporte de
nutrientes, toxinas (
metabólitos),
oxigênio e
gás carbônico[1]. O sangue é constituído por diversos tipos de células, que constituem a parte "sólida" do sangue. Estas células estão imersas em uma parte líquida chamada
plasma. As células são classificadas em
Leucócitos (ou Glóbulos Brancos), que são células de defesa;
eritrócitos (glóbulos vermelhos ou hemácias), responsáveis pelo transporte de oxigênio; e
plaquetas (fatores de coagulação sanguínea).
Podemos encontrar os mesmos componentes básicos do sangue nos anfíbios, nos répteis, nas aves e nos mamíferos (incluindo o
ser humano)
[1].
[editar] Composição do sangue
O sangue é composto basicamente por
[1]:
→ 34% de elementos figurados (células):
Hemácias,
leucócitos e
plaquetas.
→ 66% de
plasma (substância intercelular).
→ função: realizar a respiração celular, ao transportar
oxigênio e parte de
gás carbônico pela
hemoglobina. São estocadas no
baço, que por sua vez tem duas funções: liberar hemácias sadias (por ex., ao se fazer esforço físico) e destruir hemácias velhas, reciclando a hemoglobina
[1].
→ Em mamíferos são anucleadas (sem núcleo), o que reduz sua meia-vida para 120 dias.
[editar] Leucócitos
→ os leucócitos formam verdadeiros exércitos contra os microorganismos causadores de doenças e qualquer partícula estranha que penetre no organismo: vírus, bactérias, parasitas ou proteínas diferentes das do corpo. Eles também "limpam" o corpo destruindo células mortas e restos de tecidos. → função: imunológica ou de defesa do organismo
[1].
→ São classificados em
neutrófilos,
monócitos,
basófilos,
eosinófilos,
linfócitos. Cada qual tem uma função específica e um mecanismo diferente de combater um agente patogênico (bactérias, vírus etc)
→ São fragmentos de células da medula óssea chamadas
megacariócitos.
→ função: realizar a
coagulação sanguínea
[1].
→ função: transporte de hemácias, leucócitos, plaquetas e outras substâncias dissolvidas, como proteínas (albumina, responsável pela manutenção da pressão osmótica sanguínea; anticorpos;
fibrinogênio); nutrientes (glicose, aminoácidos, ácidos graxos); excretas (uréia, ácidos úricos, amônia);
hormônas (testosterona, adrenalina); imuneglobulinas (ou anticorpos); sais/íons (sódio, potássio); gases (na forma de ácido carbônico ou H
2CO
3). O plasma transporta essas substâncias por todo organismo, permitindo às células a receber nutrientes e excretar e/ou secretar substância geradas no metabolismo
[1].
→ Composição: cerca de 90% de água; 10% outras substâncias
[editar] Dados do sangue humano
Na tabela abaixo é possível ver a composição esperada para o sangue em seres humanos saudáveis
[2]:
Elementos figurados do sangue[2] [3]
Elementos/Caracterísitcas | Forma | Tamanho (em micrometros) | Número* | Núcleo | Citoplasma | Grânulos | Coloração usual |
Hemácias | Discoidal | 7 a 8 | 4,5 a 5,5 milhões/mm3 | Não há. | Homogêneo com hemoglobina | Não há. | Rosea. |
Linfócitos | Esférica | 6 a 8 | 30% | Esférico grande | Hialino | Não há. | Citoplasma basófilo |
Monócitos | Esférica ou amebóide | 12 a 20 | 6% | Oval ou reniforme | Hialino | Não há. | Citoplasma basófilo |
Neutrófilos | Esférica ou amebóide | 10 a 12 | 60% | 3 a 5 lóbulos | Granulado | Finos, neutrófilos | Citoplasma róseo |
Acidófilos | Esférica | 10 a 14 | 3% | Em geral 2 lóbulos | Granulado | Grosso, acidófilo | Grânulos vermelhos |
Basófilos | Esférica | 8 a 10 | 1% | Irregular | Granulado | Grosso, basófilo | Grânulos azuis |
Plaquetas | Irregular | 2 a 3 | 200 mil a 300 mil / mm3 | Não há. | Granulado | Finos | Citoplasma fracamente azulado |
(*) O número de leucócitos (linhas destacadas) é de 7 a 9 mil por mm
3 e os valores indicados correspondem à porcentagem média de cada tipo. Dos leucócitos, 30% correspondem aos
linfócitos e 70% aos diversos
mielóides.
Valores normais para eritrócitos, hemoglobina, hematócrito[4]
Tipo de indivíduo | Eritrócitos (x 106/mm3) | Hemoglobina (g/100mL) | Hematócrito (%) |
Recém nascidos (a termo) | 4 - 5,6 | 13,5 - 19,6 | 44 - 62 |
Crianças (3 meses) | 4,5 - 4,7 | 9,5 - 12,5 | 32 - 44 |
Crianças (1 ano) | 4,0 - 4,7 | 11,0 - 13 | 36 - 44 |
Crianças (10 a 12 anos) | 4,5 - 4,7 | 11,5 - 14,8 | 37 - 44 |
Mulheres (em situação de gravidez) | 3,9 - 5,6 | 11,5 - 16,0 | 34 - 47 |
Mulheres (normais) | 4,0 - 5,6 | 12 - 16,5 | 35 - 47 |
Homens | 4,5 - 6,5 | 13,5 - 18 | 40 - 54 |
Valores normais para volume corpuscular médio (VCM), hemoglobina corpuscular média (HCM) e concentração da hemoglobina corpuscular (CHbCM)[4]
Idade | VCM (µ3) | HbCM (pg) | CHbCM (%) |
Crianças (3 meses) | 83 - 110 | 24 - 34 | 27 - 34 |
Crianças (1 ano) | 77 - 101 | 23 - 31 | 28 - 33 |
Crianças (10 a 12 anos) | 77 - 95 | 24 - 30 | 30 - 33 |
Mulheres | 81 - 101 | 27 - 34 | 31,5 - 36 |
Homens | 82 - 101 | 27 - 34 | 31,5 - 36 |
[editar] Doação e Transfusão de Sangue
-
-
Membro da Marinha Norte Americana doando sangue
A
doação de sangue é o processo pelo qual um doador voluntário tem seu sangue coletado para armazenamento em um banco de sangue ou hemocentro para um uso subsequente em uma transfusão de sangue. Trata-se de um processo de fundamental importância para o funcionamento de um hospital ou centro de saúde
[5].
A
transfusão sanguínea é realizada para repor a perda do fluido
corpóreo devido a alguma
doença ou
trauma grave que venha a trazer perda substancial que não possa ser reposta pela própria pessoa.
Estimativas apontam que somente no Brasil, sejam consumidas diariamente mais de 5 mil bolsas de sangue que são, em sua maioria, aplicadas em
centros hospitalares a pacientes
enfermidade e/ou
acidentados[6].
Todos os procedimentos médicos que demandam transfusão de sangue precisam dispor de um fornecimento regular e seguro deste elemento. Daí a importância de se manter sempre abastecidos os bancos de sangue por meio das doações, que não engrossam nem afinam o sangue do doador. É fácil e seguro, e não se pode mentir nem omitir informações, pois quem recebe o sangue pode ser contaminado.
Doar sangue é um procedimento simples, rápido, sigiloso, seguro e relativamente indolor. Para o doador em geral não há riscos, porém algumas complicações podem eventualmente aparecer:
- Queda de pressão arterial e tontura
- Hematoma no local da picada
- Náusea e vômito
- Dor local e dificuldade para movimentação do braço
- Desmaios
[editar] Saúde e doença
[editar] Diagnóstico
O
exame de sangue e de
pressão sanguínea estão entre os mais comumente métodos de diagnóstico investigativo que envolve o sangue.
Problemas com a circulação sanguínea desempenham um papel importante em diversas doenças, por exemplo
[7]:
O sangue é um importante fator de infecção para diversos patógenos, como
[7]:
[editar] Tratamento
A
transfusão de sangue é o modo mais direto de uso terapêutico de sangue. Ele é obtido através da
doação de sangue. Como existem diferentes
tipos de sangue, e a transfusão de um tipo errado pode causar muitas complicações no receptor, são feitos exames de compatibilidade.
Outros produtos do sangue administrados
intravenosamente são as plaquetas, plasma sanguíneo e concentrados de fator de coagulação específicos.
Muitas formas de medicação (dos
antibióticos à
quimioterapia) são administradas intravenosamente, já que elas não podem ser prontamente ou adequadamente absorvidas pelo trato digestivo.
Como dito acima, algumas doenças ainda são tratadas com a remoção de sangue da circulação.
[editar] Consequências da inalação de monóxido de carbono em excesso
Ao chegar ao
baço e também ao
fígado, as
hemácias "velhas" são eliminadas e o organismo cria novas hemácias, assim ficando livre do que já não serve mais. O baço seria como a lixeira do sangue, onde as hemácias já envelhecidas e sem uso são descartadas do organismo.
As
hemácias se desprendem facilmente das moléculas de
oxigênio quando este chega aos
pulmões. Só que, quando há a introdução de
Monóxido de carbono no organismo, as hemácias se unem às
moléculas desse gás tóxico que é inalado todos os dias por nós.
Aquando ligadas às
moléculas de monóxido de carbono, as
hemácias se unem a elas permanentemente, e não conseguem mais se desprender (a ponte molecular é muito forte), ficando impossibilitadas de servirem ao transporte do
oxigênio. O
oxigênio então fica solto no sangue e não consegue atingir as células que necessitam de sua energia para continuarem vivas. O
monóxido de carbono, estando em excesso como está atualmente na
atmosfera, é inalado, sendo um grande "capturador" de hemácias, faz com que o transporte de oxigênio no corpo fica prejudicado à nível celular em todo o corpo do indivíduo.
As hemácias presas ao monóxido de carbono tornam-se inúteis no organismo, e são transportadas para o baço e ao fígado, para serem eliminadas, pois o organismo passou a "entendê-las" como inimigas. Por serem em número maior do que poderiam ser eliminadas normalmente, esse excesso de hemácias mortas causa uma sobrecarga no baço e no fígado, provocando seu mal-funcionamento, pois que eles não conseguem eliminar esse número tão elevado de hemácias diariamente. E elas se acumulam, enquanto o fluxo de oxigênio no sangue é prejudicado pela escassez de hemácias "boas", livres do monóxido, ou mesmo hemácias novas, que não são produzidas com a rapidez e qualidade que o organismo exposto à alta concentração de monóxido de carbono necessita.
O excesso de "morte" de hemácias e a incapacidade de produção de um número tão grande para reposição de hemácias no corpo provocam uma forma de
anemia crônica.
[editar] Efeitos nos demais órgãos do corpo humano
Ainda concomitante à escassez de oxigênio no corpo pelo fracasso no transporte para as células, e a sobrecarga no baço e no fígado pelas
hemácias+CO eliminadas pelo órgão, o corpo sofre. Os
rins têm que trabalhar excessivamente para garantir maior pureza no sangue e em todo o sistema; os pulmões se tornam sobrecarregados pelo trabalho excessivo do coração que tem que bater mais e mais rápido, para garantir um fluxo melhor de oxigênio e também para dominar a
anemia.
O
coração se torna maior com o excesso de trabalho, trazendo líquidos aos pulmões, que se tornam carregados, provocando má respiração, bronquites e prejudicando ainda mais a ventilação do organismo, com outros distúrbios também como gástricos e intestinais.
E, ao final, o
cérebro, com pouca carga de oxigênio, fica falho e ocorrem problemas mais sérios, como falta de memória, distúrbios de sono, nervosismo, ansiedade - a chamada
síndrome do pânico; e, ao final, o organismo pode se ver inteiramente colapsado
[8].
Referências
[editar] Ver também
[editar] Ligações externas
Categorias:
Grupo sanguíneo
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
-
Distribuição dos principais tipos sanguíneos na população mundial.
[carece de fontes]
Os
grupos sanguíneos ou
tipos sanguíneos foram descobertos no início do
século XX (cerca de
1900 -
1901), quando o cientista
austríaco Karl Landsteiner se dedicou a comprovar que havia diferenças no
sangue de diversos indivíduos.
[1] Ele colheu amostras de sangue de diversas pessoas, isolou os
glóbulos vermelhos (hemácias) e fez diferentes combinações entre
plasma e hemácias, tendo como resultado a presença de aglutinação dos glóbulos em alguns casos, e sua ausência em outros. Landsteiner explicou então por que algumas pessoas morriam depois de transfusões de sangue e outras não. Em
1930 ele ganhou o
Prêmio Nobel por esse trabalho.
Os tipos sanguíneos são determinados pela presença, na superfície das hemácias, de
antígenos que podem ser de natureza bioquímica variada, podendo ser compostos por carboidratos, lipídeos, proteínas ou uma mistura desses compostos. Estes antígenos eritrocitários são independentes do
Complexo principal de histocompatibilidade (HLA), o qual determina a histocompatibilidade humana e é importante nos transplantes.
[editar] Importância
Cada indivíduo possui um conjunto diferente de
antígenos eritrocitários, e por seu número --- existem hoje cerca de 27 sistemas antigênicos, conhecidos,
[1] mais alguns antígenos diferenciados que ainda não foram atribuídos a nenhum sistema específico
[2] --- é difícil (se não impossível) encontrar dois indivíduos de mesma composição antigênica. Daí a possibilidade da presença, no soro, de anticorpos específicos (dirigidos contra os antígenos que cada indivíduo
não possui), o que resulta na aglutinação ou hemólise quando ocorre uma transfusão incompatível (ou, em determinações laboratoriais, quando se fazem reagir soros específicos com os antígenos correspondentes presentes nas hemácias). Diferentes sistemas antigênicos se caracterizam por induzir a formação de anticorpos em intensidades diferentes; além do que, alguns são mais comuns e outros, mais raros. Estes dois fatos associados determinam a importância clínica de cada sistema.
Os sUS antigênicos considerados mais importantes são o
sistema ABO e o
Sistema Rh.
[1] Estes são os sistemas mais comumente relacionados às temidas reações transfusionais hemolíticas. Outra complicação, a
eritroblastose fetal ou Doença Hemolítica do Recém-nascido (DHRN), é geralmente (mas não sempre) causada por diferenças antigênicas relacionadas ao Sistema Rh, como o fator Rh+ do pai e da criança e o Rh- da mãe
[3].
A determinação dos grupos sanguíneos tem importância em várias ciências:
- Em Hemoterapia, torna-se necessário estudar pelo menos alguns desses sistemas em cada indivíduo para garantir o sucesso das transfusões. Assim, antes de toda transfusão eletiva, é necessário se determinar, pelo menos, a tipagem ABO e Rh do doador e do receptor.
- Em ginecologia/obstetrícia e neonatologia, é possível se diagnosticar a DHRN através do seu estudo, adotando-se medidas preventivas e curativas.
- Em Antropologia, é possível estudar diversas raças e suas inter-relações evolutivas, através da análise da distribuição populacional dos diversos antígenos, determinando sua predominância em cada raça humana e fazendo-se comparações.
- Em Medicina legal, é possível se determinar, por exemplo, o tipo sanguíneo de um criminoso a partir de material colhido na cena do crime, auxiliando na investigação criminal!
[editar] Terminologia e uso
Alguns termos utilizados no que se referem à tipagem sanguínea são ambíguos ou pouco conhecidos.
- A determinação, em laboratório, da tipagem quanto aos sistemas ABO e Rh é rotineiramente realizada em um procedimento único. A melhor maneira de se referir a este procedimento e a seu resultado é Tipagem sanguínea (ABO e Rh). Entretanto a simplicidade consagrou o uso da palavra tipagem para se referir aos dois sistemas.
- Quando necessária a distinção, convencionou-se utilizar respectivamente as expressões grupo ABO e Fator Rh. Estas designações, contudo, não são unânimes.
- Geralmente usam-se os termos aglutininas para se referir aos anticorpos e aglutinógenos para se referir os antígenos.[1]
- Um estudo mais aprofundado do sistema ABO determinou a presença de variedades antigênicas ou subgrupos.[1] Estes podem ser designados, por exemplo, A1, A2 ou Bx.
- Historicamente, a classificação de Landsteiner previa os grupos A, B e O; o grupo AB foi posteriormente descoberto (1902, von Decastello e Sturli).[1] No entanto, em inobservância à tradição, alguns autores falam em grupo 0 ("zero"). Esta designação é incorreta, pois assume que os pacientes do grupo O não apresentam aglutininas em suas hemácias (na verdade, os pacientes do grupo O apresentam em todas as suas hemácias a aglutinina H, exceção feita ao raríssimo fenótipo OBombay --- o qual não apresenta aglutininas para o sistema ABO).
- Estudos determinaram que o sistema Rh apresenta certa complexidade genética, além de variações qualitativas e quantitativas em sua expressão. Assim, são usadas as seguintes designações:
- O termo Rh Fraco substituiu a designação Du. Este termo representa uma variação quantitativa na expressão do antígeno D.
- O termo Rhnull designa uma condição rara, em que os antígenos do sistema Rh estão completamente ausentes.
- O termo "CDE" designa a determinação, recomendada para os pacientes Rh negativos, de outros antígenos menos frequentes do sistema Rh. Assim, fala-se em Rh negativo ou Rh negativo, CDE positivo.
- Em alguns casos, pode ser necessária a determinação mais detalhada dos antígenos dos sistemas ABO e Rh, e/ou a determinação de antígenos pertencentes a outros sistemas antigênicos. Esta determinação é geralmente denominada fenotipagem.
- Da combinação entre o Sistema ABO e Fator Rh, podemos encontrar os chamados doador universal (O negativo) e receptor universal (AB positivo).
- Entretanto, normalmente se faz a transfusão isogrupo (doador e receptor de mesma tipagem ABO e Rh) em preferência à doação heterogrupo (tipos diferentes).
[editar] Distribuição de ABO e Rh por país
Tipo de distribuição do sangue por nação (média em população)
Alemanha[4] | 35% | 37% | 9% | 4% | 6% | 6% | 2% | 1% |
Arábia Saudita[5] | 48% | 24% | 17% | 4% | 4% | 2% | 1% | 0.23% |
Austrália[6] | 40% | 31% | 8% | 2% | 9% | 7% | 2% | 1% |
Áustria[7] | 30% | 33% | 12% | 6% | 7% | 8% | 3% | 1% |
Bélgica[8] | 38% | 34% | 8.5% | 4.1% | 7% | 6% | 1.5% | 0.8% |
Brasil[9] | 36% | 34% | 8% | 2.5% | 9% | 8% | 2% | 0.5% |
Canadá[10] | 39% | 36% | 7.6% | 2.5% | 7% | 6% | 1.4% | 0.5% |
Dinamarca[11] | 35% | 37% | 8% | 4% | 6% | 7% | 2% | 1% |
Espanha[12] | 36% | 34% | 8% | 2.5% | 9% | 8% | 2% | 0.5% |
Estados Unidos[13] | 37.4% | 35.7% | 8.5% | 3.4% | 6.6% | 6.3% | 1.5% | 0.6% |
Estônia[14] | 30% | 31% | 20% | 6% | 4.5% | 4.5% | 3% | 1% |
Finlândia[15] | 27% | 38% | 15% | 7% | 4% | 6% | 2% | 1% |
França[16] | 36% | 37% | 9% | 3% | 6% | 7% | 1% | 1% |
Hong Kong, China[17] | 40% | 26% | 27% | 7% | 0.31% | 0.19% | 0.14% | 0.05% |
Irlanda[18] | 47% | 26% | 9% | 2% | 8% | 5% | 2% | 1% |
Islândia[19] | 47.6% | 26.4% | 9.3% | 1.6% | 8.4% | 4.6% | 1.7% | 0.4% |
Israel[20] | 32% | 34% | 17% | 7% | 3% | 4% | 2% | 1% |
Noruega[21] | 34% | 42.5% | 6.8% | 3.4% | 6% | 7.5% | 1.2% | 0.6% |
Nova Zelândia[22] | 38% | 32% | 9% | 3% | 9% | 6% | 2% | 1% |
Países Baixos[23] | 39.5% | 35% | 6.7% | 2.5% | 7.5% | 7% | 1.3% | 0.5% |
Polônia[24] | 31% | 32% | 15% | 7% | 6% | 6% | 2% | 1% |
Portugal[25] | 36.2% | 39.8% | 6.6% | 2.9% | 6.0% | 6.6% | 1.1% | 0.5% |
Reino Unido[26] | 37% | 35% | 8% | 3% | 7% | 7% | 2% | 1% |
Suécia[27] | 32% | 37% | 10% | 5% | 6% | 7% | 2% | 1% |
Turquia[28] | 29.8% | 37.8% | 14.2% | 7.2% | 3.9% | 4.7% | 1.6% | 0.8% |
[editar] Compatibilidade dos glóbulos vermelhos
- Grupo sanguíneo AB: Indivíduos têm tanto antígenos A quanto B na superfície de suas hemácias, e o soro sanguíneo deles não contem quaisquer anticorpos dos antígenos A ou B. Assim, alguém com tipo de sangue AB pode receber sangue de qualquer grupo (com AB preferível), mas só pode doar sangue para outros com o tipo AB.
- Grupo sanguíneo A: Indivíduos têm o antígeno A na superfície de suas hemácias, e o soro sanguíneo contido na Imunoglobulina M são anticorpos contra o antígeno B. Assim, uma pessoa do grupo A pode receber sangue só de pessoas dos grupos A ou O (com A preferível), e só pode doar sangue para indivíduos com o tipo A ou AB.
- Grupo sanguíneo B: Indivíduos têm o antígeno B na superfície de seus hemácias, e o soro sanguíneo contido na Imunoglobulina M são anticorpos contra o antígeno A. Assim, alguém do grupo B pode receber sangue só de indivíduos de grupos B ou O (com B preferível), e pode doar sangue para indivíduos com o tipo B ou AB.
- Grupo sanguíneo O (significando zero): Indivíduos não possuem antígenos nem A ou B na superfície de suas hemácias, mas o soro sanguíneo deles contêm Imunoglobulina M com anticorpos anti-A e anti-B contra os grupos antígenos A e B. Portanto, alguém do grupo O pode receber sangue só de alguém do grupo O, mas pode doar sangue para pessoas com qualquer grupo ABO (ou seja, A, B, O ou AB). Se qualquer um precisar de uma transfusão de sangue em uma emergência, e se o tempo necessário para processar o recebedor do sangue causaria um atraso prejudicial, o sangue 0- (O Negativo) pode ser emitido.
Diagrama mostrando a compatibilidade entre os tipos sanguíneos
Além de doar para o mesmo grupo sanguíneo; doadores de sangue tipo O podem doar para A, B e AB; doadores de sangue dos tipos A e B podem doar a AB.
Tabela de compatibilidade de células de glóbulos vermelhos[29][30]
Receptor[1] | Doador[1] |
O− | O+ | A− | A+ | B− | B+ | AB− | AB+ |
O− | | | | | | | | |
O+ | | | | | | | | |
A− | | | | | | | | |
A+ | | | | | | | | |
B− | | | | | | | | |
B+ | | | | | | | | |
AB− | | | | | | | | |
AB+ | | | | | | | | |
Nota da tabela
1. Pressupõe ausência de anticorpos atípicos que causaria uma incompatibilidade entre doador e receptor de sangue, como é habitual em sangues selecionados por cruzamentos apropriados.
Um paciente Rh D-negativo, que não possui anticorpos anti-RhD, ou seja, que nunca foi exposto à hemácias RhD-positivo, pode receber uma transfusão de sangue Rh positivo uma única vez, mas esta ação causa sensibilidade ao antígeno RhD, e no caso do paciente ser do sexo feminino, ficaria exposto ao risco para a doença
hemolítica do recém-nascido. Se um paciente Rh negativo já desenvolveu anticorpos anti-RhD pela exposição ao sangue Rh positivo, teria potencialmente, uma perigosa reação transfusional. Sangue RhD-positivo nunca deve ser administrado a mulheres RhD-negativo em idade fértil ou para pacientes com anticorpos RhD, assim os bancos de sangue deve conservar em seu estoque o sangue Rh-negativo para esses pacientes. Em circunstâncias extremas, como um grande sangramento quando os estoques das unidades de sangue Rh negativo for muito baixo no banco de sangue, o sangue Rh positivo pode ser dado a mulheres RhD-negativo acima da idade fértil ou homens Rh-negativo, desde que eles não tenham ainda, os anticorpos anti-RhD. O inverso não é verdadeiro; pacientes RhD-positivo não reagem ao sangue Rh negativo.
[editar] Compatibilidade de plasma
Os receptores podem receber plasma do mesmo grupo sanguíneo. Entretanto, a compatibilidade doador-receptor para o plasma sanguíneo é diferente da compatibilidade para as hemácias: plasma extraído do sangue tipo
AB pode ser transfundido para pessoas de qualquer grupo sanguíneo; indivíduos do grupo sanguíneo
O podem receber plasma de qualquer grupo sanguíneo; indivíduos dos grupos
A e
B podem receber plasma somente de seus respectivos grupos ou do grupo
AB.
Tabela de compatibilidade de plasma:
Receptor | Doador[1] |
| O | A | B | AB |
O | | | | |
A | | | | |
B | | | | |
AB | | | | |
Notas
1. Considerando ausência de fortes anticorpos atípicos em doadores de plasma
Anticorpos
Rh D são incomuns, geralmente nem
RhD negativo nem
RhD positivos contem anticorpos
anti-RhD. Se um potencial doador é encontrado tendo anticorpos
anti-RhD ou qualquer atípico grupo sanguíneo de anticorpos para a triagem de anticorpos do banco de sangue, ele normalmente não é aceito como doador (ou em alguns bancos de sangue, o anticorpo é retirado dele e propriamente rotulados); e, portanto, o doador do banco de sangue pode ser selecionado por ser livre de anticorpos RhD e de outros incomuns, e assim doar para receptores que possuem estes anticorpos, sendo eles negativos ou positivos, enquanto o plasma sanguíneo
ABO e do receptor forem compatíveis.
Referências
- ↑ a b c d e f BEIGUELMAN B. Os Sistemas Sanguíneos Eritrocitários. Ribeirão Preto, SP: FUNPEC Editora, 3a Edição, 2003. ISBN 85-87528-56-4.
- ↑ American Association of Blood banks.Technical Manual. Bethesda, Maryland, 14th edition, 2002. ISBN 1-56395-155-X
- ↑ HENRY, John B, (ed). Clinical Diagnosis & Management by Laboratory Methods. USA: Saunders, 20th Edition, 2001. ISBN 0-7216-8864-0.
- ↑ Distribution of Blood Types(em inglês)
- ↑ Fequency of ABO blood groups in the eastern region of Saudi Arabia
- ↑ Blood Types - What Are They?, Australian Red Cross(em inglês)
- ↑ Austrian Red Cross - Blood Donor Information(em inglês)
- ↑ Rode Kruis Wielsbeke - Blood Donor information material(em inglês)
- ↑ Tipos Sanguíneos(em português)
- ↑ Types & Rh System, Canadian Blood Services(em inglês)
- ↑ Frequency of major blood groups in the Danish population.
- ↑ Federación Nacional de Donantes de Sangre/La sangre/Grupos(em espanhol)
- ↑ Blood Types in the U.S.(em inglês)
- ↑ Veregruppide esinemissagedus Eestis
- ↑ Suomalaisten veriryhmäjakauma
- ↑ Centre Hospitalier Princesse GRACE - Monaco (2005). Les groupes sanguins (système ABO) (em Francês). C.H.P.G. MONACO.
- ↑ Blood Donation, Hong Kong Red Cross
- ↑ Irish Blood Transfusion Service/Irish Blood Group Type Frequency Distribution
- ↑ Blóðflokkar
- ↑ The national rescue service in Israel
- ↑ Norwegian Blood Donor Organization
- ↑ What are Blood Groups? - NZ Blood(em inglês)
- ↑ Voorraad Erytrocytenconcentraten Bij Sanquin (em Holandês). Página visitada em 27 de março de 2009.
- ↑ Regionalne Centrum Krwiodawstwa i Krwiolecznictwa we Wrocławiu
- ↑ Portuguese Blood Institute (assuming Rh and AB antigens are independent)
- ↑ Frequency of major blood groups in the UK.(em inglês)
- ↑ Frequency of major blood groups in the Swedish population.
- ↑ Turkey Blood Group Site.
- ↑ Tabela de compatibilidade RBC (em Inglês). American National Red Cross (Dezembro de 2006). Página visitada em 15 de julho de 2008.
- ↑ Blood types and compatibility bloodbook.com (em inglês)
!
[editar] Ver também
[editar] Ligações externas
[Esconder]
Sangue |
Geral | Plasma - Células tronco hematopoiéticas - Tipo sanguíneo |
Leucócitos |
linfóides | Células Natural Killer (Célula matadora ativada por linfocina)
Linfócitos T: Citotóxico CD8+, Auxiliar CD4+/Regulatório, γδ, NKT
Linfócitos B: Plasmócito, De memória |
mielóides | Granulócitos (Neutrófilo, Eosinófilo, Basófilo) - Precursores de mastócitos
Células dendríticas (Células de Langerhans, Células dendríticas foliculares)
Monócitos/Macrófagos (Histiócitos, Células de Kupffer, Célula gigante de Langhans, Micróglia, Osteoclastos) |
|
Plaquetas/Trombócitos - mielóides | Megacarioblasto - Megacariócito |
Hemácias - mielóides | Reticulócito - Normoblasto - Eritroblasto |
Ver avaliações
Avaliar esta página
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.